“Nós preferimos. E PODEMOS.”

“Quero contar aqui uma história que aconteceu comigo e pode acontecer com qualquer um de nós que não temos nossos direitos notados (sim, porque os temos garantidos) por grande parte de uma sociedade intolerante e – agora – ILEGAL:

Estávamos ontem, eu e minha namorada no RESTAURANTE SOCALDINHO CAMARÃO, localizado na rua Magina Pontual, em frente ao antigo Laçador, em Boa Viagem, por volta do meio dia. Na qualidade de clientes, estávamos lá, COMO QUALQUER PESSOA, consumindo. O garçom que geralmente nos atende, ao nos ver, foi, como todas as vezes, muito gentil e nos deixou confortáveis, enquanto nos servia. SENDO NÓS UM CASAL (sim, nós somos), trocávamos vez por outra um selinho e algumas carícias leves, COMO QUALQUER CASAL com o mínimo de afeto faria.
No meio da refeição, o maître nos aborda da seguinte forma:
“Ei, vocês não podem se beijar aqui não.”
Perguntamos o porquê, e ele disse que ali era um ambiente “de família” (favor alguém me explica isso). Perguntamos se, no caso de um casal “””””normal”””” (favor NÃO tentem me explicar isso), ele teria essa mesma atitude. O senhor nos responde:
“Mas vocês não são um casal normal”.
Segundo a Lei Municipal 17.025 de 2004 “Serão punidos, nos termos desta Lei, toda e qualquer manifestação atentatória ou discriminatória praticada contra qualquer cidadão homossexual, bissexual ou transgênero”; incluindo atos de ” I. submeter o cidadão homossexual, bissexual ou transgênero a qualquer tipo de ação violenta, constrangedora, intimidatória ou vexatória, de ordem moral, ética, filosófica ou psicológica;
II – proibir o ingresso ou permanência em qualquer ambiente ou estabelecimento público ou privado, aberto ao público;”
Sob pena de: I – advertência; II – pagamento de multa no valor de R$ 150,00 (cento e cinqüenta reais); III – multa de R$ 400,00 (quatrocentos reais), em caso de reincidência; IV – suspensão da licença para funcionamento por 30 (trinta) dias; V – cassação da licença para funcionamento.”

Cientes disso, e depois de o agressor em questão não concordar em nos acompanhar até a delegacia, nem nos ser dado acesso à gerente, fomos, eu e ela, procurar o CENTRO ESTADUAL DE COMBATE À HOMOFOBIA DE PERNAMBUCO. Para isso, fomos procurar informações na OUVIDORIA GERAL DO ESTADO, localizada na Rua Gervásio Pires, num 399. Lá, fomos atendidas por duas senhoras. A primeira nos aconselhou fazer denúncia e o próprio departamento se encarregaria de encaminhar ao Senhor RILDO VERAS, Assessor Especial do Governador para Diversidade Sexual. A segunda nos disse que o caso deveria obrigatoriamente ser registrado na Delegacia da mulher, e que esta se localizava na Rua do Pombal. Fomos a pé.

Chegando lá, o rapaz do carrinho do cachorro quente nos informou – a primeira informação correta do dia – que a Delegacia da mulher não funcionava mais lá HÁ QUASE 1 ANO. Dirigimos-nos a delegacia da mulher perto da Dantas Barreto, e, depois de 25 minutos de espera, descobrimos que o caso não poderia ser registrado ali, pois o agressor não tinha grau de parentesco conosco, e que deveríamos ir à delegacia do bairro onde o caso ocorreu.

Finalmente, chegamos a delegacia de Boa Viagem, e, às 17:45 da tarde, nosso boletim foi registrado. Não pudemos continuar com o procedimento ao delegado, já que ele estava largando na hora que íamos subir a escada. Levamos então o boletim de volta ao restaurante, pois a essa hora a gerente já estava presente.
A conversa com a gerente não poderia ter sido mais odiosa. A senhora não só era tão homofóbica quanto o maître, mas também sabia moldar sua intolerância com todo tipo de enrolações e panos quentes. Entre elas:
“Quando esse tipo de coisa acontece, mas os clientes são já pessoas que eu conheço, eu digo pra eles moderarem, porque, você sabe, aqui vem criança, gente idosa, e criança ‘não entende’, esses tipos de pessoas ‘não aceitam’.”
Terminou dizendo que nós podíamos procurar nossos direitos, que ela procuraria os do estabelecimento.
Pois bem. Lhe digo seus direitos: Se comparecer a audiência na categoria de RÉU, e responder por DANOS MORAIS, com MULTA por infração a Lei Municipal.

Nós não seremos TOLERADAS. Nós não seremos ACEITAS. Nós somos LIVRES. E o estabelecimento JULGADO.
A vida é pra valer, a vida é pra levar, e nós a levamos com AMOR. Porque é nosso DIREITO. E há duas formas de vivê-la: Se indignar, ou se resignar. E nós não vamos nos resignar NUNCA.”

por favor, espalhem.

O início do desfecho dessa história vocês podem acompanhar por aqui:
http://soixantedixneuf.wordpress.com/2012/03/17/nossa-voz-nosso-direito-nosso-amor/

Muito obrigada pelo apoio, pessoal.

teste, ou descoberta.

há uns quatro meses atrás, uma amiga minha sugeriu que eu fizesse o que ela tinha lido em algum lugar:

que pra escrever melhor você deveria ficar 20min sentada sem fazer absolutamente nada, a não ser escrever ou pensar em escrever ou qualquer coisa relacionada com isso, pelo menos uma vez todo dia.

eu segui o conselho dela, pelo menos por uma ou duas semanas haha e um dos resultados foi esse conto:

Descoberta

Era uma idéia pavorosa. E ele tentava se convencer do impossível, tentava permanecer imune aos homens que passavam por ele. Nunca nem sequer se inaginara com outro homem, era uma ideia muito suja. Bom, talvez tivesse havido uma ou duas vezes. Aquele professor de Espanhol. O menino da sala do lado. Ah não, o namorado da sua irmã! Começou a aceitar o imutável. Era, sempre fora, e provavelmente continuaria a ser. Como explicaria à sua namorada que quando fazia sexo com ela pensava no vizinho? Como encararia seu pai? Ele era  único filho homem. E sua irmã se declarara lésbica havia pouco tempo. A culpa era dela, tê-lo feito pensar em suas preferências, enquanto ele poderia estar bem com sua namorada, pra logo depois casar com ela e ter filhos. Nunca teria desconfiado. Ela merecia o destino que tivera, estar morando agora naquele cafofo com a namorada que tinha arrumado e a filha dela, sem nenhum apoio financeiro nem muito menos emocional da família. Ele estava encrencado. Agora sabia o que queria e não podia mais suportar a idéia de permanecer escondido, antes nunca tivesse parado pra pensar.

“Alô, Júlia? Precisamos conversar, posso ir aí na sua casa?”

A irmã estranhou, mas aceitou o convite do irmão que a havia abandonado, assim como a sua família. ele sempre fora seu bebezinho querido.. E sua voz não estava animadora.

A campainha tocou, e ela abriu a porta. Ela não via seu irmão chorar há oito anos, e lá estava ele com o rosto contorcido e as lágrimas escorrendo. Levou-o ao sofá e aninhou-o entre os braços, como a mãe deles nunca mais faria.

Agora eram só eles contra o mundo.

12/05/10

Bê!

Chip, the gay sheep =D [Chip, a ovelha gay]

sinceramente, sempre é assim né? =P

desenho feito há um ano atrás

beijos, Bê!

o circo

parecia idiota por não ter percebido antes.. ela iria fugir com o circo, era óbvio! já a via lá no alto, de cabeça pra baixo, com seu cabelo comprido enroscando no pano vermelho como seu corpo, parecendo indefesa de tão pequena. Então percebeu que nunca mais a veria, mas o incômodo que sentiu passou assim que teve a certeza de  que ela estaria feliz. talvez se envolvesse com uma contorcionista e  acabasse com o coração mais uma vez despedaçado, mas isso não a faria triste por muito tempo, pois ela teria o circo. o circo seria tudo, aquilo que a faria fugir de tudo e de todos, como ela sempre desejou. seria como os marinheiros, um amor em cada porto.  E quando já não tivesse mais idade pra se enrolar no pano vermelho, cuidaria das crianças, seus filhos de outros pais, e os contaria de cada porto, de cada amor. posso até vê-la contando sobre a menina pequena e tímida que de forma involuntária a conquistara, e de como ela se arrependia de ter deixado tudo chegar tão longe.

parecia certo aquele destino, e logo não via outro futuro para a menina impulsiva do sorriso sincero. sentiu saudades dela, mas aquelas saudades de quem sabe que nunca mais vai deixar de tê-las. estava escrito.

eu senti um impulso incrível de escrever esse texto aqui.

fui assistir lua nova dia desses..

cena: jacob com bella, eles bem próximos tipo aquela tensão pré-beijo.

josefina[minha amiga]:  beija, beija, beija!

cena: edward com bella, um bem pertinho do outro, aquele silêncio.

josefina: beija, beija, beija!

cena: alice e bella, acabando de se encontrar, uma olhando pra outra.

eu: beija, beija, beija!

HAHAH

foi ótimo

[a propósito, acho que lucca abandonou o blog =/]

Bê.

eu tenho uma piada.

ela é assim:

tavam um piromaníaco, um zoófilo, um necrófilo e um sadomasoquista, conversando animadamente sobre as novidades de cada um

aí passa um gatinho inocente, daqueles bem fofinhos, e quando o zoófilo vê, não resiste e fala:

vamo comer esse gato?

aí o necrófilo intercede:

faz o seguinte, agente come ele,  mata e depois come denovo!

depois o piromaníaco fala:

não, não! eu tenho uma idéia! agente come ele,  mata, depois come ele denovo e aí agente queima!!!

e então o sadomasoquista:

miaau..

HAHAHAHAHHA

MUITO BOA NÉ??????

beigos beigos, βê

Hello world!

bom, não vou chegar aqui e falar sobre o que o blog vai ser.

vocês que descubram

hohoho

tam, só vou dizer que eu [bê] e lucca somos pessoas completamente não-heteros que decidiram fazer um blog pra passar o tempo..

diviram-se!

[ou chorem, se preferirem]

βê!